A Cura

Sunday, October 21, 2007

Dying Wish - Fragments Of The Past

This world we live in
Ain't what it used to be
The roads I have walked
Still mean so much to me
I don't want to forget
Any milestone of the past
I do want remember
Every minute of the past.
I'm beginning of realise
I haven't been alone
Many influenced me,
People I've always known.
The past determines
Who I am today.

It's the soil of my existence,
I can't throw it away.
The past is like my mother,
It has brought me up.
How could I forget
The way to the top,
The road to the valley
Cause I've been there, too.
Sometimes I was happy
Sometimes I felt blue.
[Fragments Of The Past Lyrics on http://www.lyricsmania.com]

The walls of the future
They will fall down fast
If they are not built
From the fragments of the past.

Ignoring what has happenned
Won't take us anywhere.
"History repeats itself"
To doubt it I wouldn't dare.
We should learn from the mistakes
We have already made.
And to make changes
We should never be afraid.

Fragmentos do Passado

- Porquê eu? Que tenho eu de especial? Já que vocês têm esses dons fantásticos porque é que não os usam para se libertarem?
- Porque nós somos dele! Como já te foi dito, nós estamos mortos. Mas isso não significa que tu estejas. Aliás, é por isso mesmo que tu tens a capacidade para nos libertares. O teu passado ainda é um mistério para ti, mas a cada sonho e a cada degrau na tua evolução, tu vais descobrindo mais. Lembrando. A esfera escolheu-te. Porquê não sei. Tal como tu, as visões que me foram reveladas são difíceis de transpor para palavras. Depois de estarmos aqui instalados, comecei a isolar-me. Passei a focar-me na meditação de forma a extrair mais respostas para a nossa revolta. Criámos o circo de forma a nos organizarmos e intensificámos a recruta. Espalhámo-nos pela região, criámos esconderijos e separámo-nos por esses vários esconderijos enquanto eu fiquei aqui, a tentar encontrar mais respostas enquanto os outros continuavam à procura daquele que a esfera queria. Até que num desses momentos de meditação, tempos atrás, sonhei contigo. Fechado num quarto com vidros grandes. Um quarto apenas iluminado pelos relâmpagos do exterior. Vi a tua estranha forma de existência. Não percebi o porquê daquilo me ser mostrado. Sonhei uma, duas, dez vezes. Continuava a não perceber porquê tinha sempre os mesmos sonhos, repetidamente, onde nada acontecia. Apenas os relâmpagos a iluminarem o quarto e o único som que se ouvia era o da chuva a bater nas enormes janelas. Interroguei-me vezes sem conta, que estava eu ali a fazer, o que tinha de fazer. Tentei dissecar o sonho, tentar decifrar o enigma para tentar perceber mas mais uma vez não consegui. Queria mais respostas. Queria saber quem era, queria mais sonhos dos que tive quando despertei, não percebia o porquê de a minha mente ter ficado confinada àquele quarto sem vida. Tentei forçar. Concentrei-me com a esfera na mão e tentei lançar todas estas questões e desta vez obtive uma resposta: “As respostas estão nas perguntas que se fazem”. A frustração mais uma vez apoderou-se de mim, estava cansado destes enigmas e de não encontrar as respostas que procurava. Até que quando nos reunimos os dez novamente, algo inesperado aconteceu. Estávamos todos aqui nesta sala e sem me aperceber entrei em transe. Tínhamos reunido para delinearmos novas etapas e novos planos, quando todas as vivências, todas as aprendizagens e informações que eles tinham adquirido foram me transmitidas. A sobrecarga de informação fez-me perder os sentidos e quando acordei estava numa sala, com muitas pessoas ausentes de espírito. Ninguém dizia nada e o som que se ouvia era apenas o da chuva a bater na grande janela que estava junto à mesa onde estava sentado. A sala era apenas iluminada pela luz dos relâmpagos que se sucediam ciclicamente. O exterior da sala estava vazio e ao olhar para cima, vi alguém que também olhava para mim. Apesar de nunca te ter visto antes, sabia que eras tu e que eu de alguma forma tinha chegado até ti. Eras tu que a esfera queria e ela falou comigo outra vez. Quando perguntei o porquê de estar ali, a ter aqueles sonhos, eu não sabia que aquele não era o meu sonho. Era o teu. E assim que te dei a esfera e apesar de ser um sonho, ela desapareceu. Era sinal que eu estava certo.

Pedro continua calado a olhar fixamente para o velho. A cada vez que abria a boca para perguntar alguma coisa, ela fechava-se de seguida como se a resposta lhe surgisse na mente. Até que finalmente:
- Então… isto é uma espécie de inferno?
- Uma espécie, sim. Mas este inferno não é eterno. Tu tens o poder para acabar com isto tudo. És um dos que podem derrotar o Monarca.
- Um? Quantos são afinal?
- Os meus sonhos mostraram-me que vão chegar três pessoas, três que não pertencem cá e que os três juntos poderão derrotá-lo.
Pedro levanta-se e começa a andar de um lado para o outro com a cabeça voltada para o chão enquanto diz:
- O que faço então? Eu não sei lutar. A única coisa contra a qual lutei na minha vida foi o fogo e… - pára e olha para o velho com a expressão de que tinha acabado de dizer algo que não tinha conhecimento– O fogo…
- Repentes do passado, não?
- Sim… - Pedro senta-se meio atordoado
- Apenas precisas de tempo para encontrar a paz que precisas. Paz dentro de ti. Depois de conseguires isso irás lutar como ninguém lutou nesta terra. Vou deixar-te a sós. Quando te sentires preparado saberás o que fazer.
O velho sai da sala e Pedro fica sentado a olhar para a parede, mas não é a parede que ele vê. Fragmentos do seu passado que vai juntando.

Wednesday, September 26, 2007

Raunchy - Remembrance

Our darkest dreams set us free
Our darkest scene set us free
I wanna live the dream
Inside a shadow heart
Where all things are alive
Through a blackened soul
Take me back to
The depth of remembrance
In the summer of love
My heart turned cold

Call me
I'm coming

The rush of you forever
Inside our darkest dreams
I need to remember
Things are not what they seem
The rush of you forever
Forever remember
Inside our darkest dreams
Thing are not what they seem

Our darkest dreams set us free
Our darkest scene set us free
I wanna live the dream
Release the vain
You wanna live the dream
Set us free

The rush of you forever
Inside our darkest dreams
I need to remember
Things are not what they seem
The rush of you forever
[ Lyrics provided by www.mp3lyrics.org ]
Forever remember
Inside our darkest dreams
Thing are not what they seem

The rush of you forever
in the summer of love
Inside our darkest dreams
my heart turns cold
I need to remember in
the summer of love
Thing are not what they
seem my heart turns cold

Call me
Here I'm slowly coming

The rush of you forever
Inside our darkest dreams
I need to remember
Things are not what they seem
The rush of you forever
Forever remember
Inside our darkest dreams
Thing are not what they seem

Lembrança

- Tu?! Vais ter muitas explicações para me dares! – Pedro deixa transparecer a exaltação nas suas palavras.
- Por incrível que pareça, tu é que estás na posição de me dares explicações. Não só a mim, mas a todos nós. – o velho responde calmamente e quando Pedro vai para falar, ele estica a mão e pergunta – Onde estamos nós?
Sem pensar Pedro responde prontamente:
- No vazio. No abismo. – e faz uma expressão de espanto que revela que ele não sabia como tinha respondido aquilo.
- Senta-te, temos muito que conversar. - Pedro obedece. Tem tantas dúvidas na sua cabeça que não sabe por onde começar – Eu sei que tudo deve ser uma confusão para ti mas acredita que todos nós estamos a passar por isso. Acordamos neste mundo, como se sempre estivéssemos aqui. Não temos memórias, apenas objectivos muito presentes na nossa mente. Um deles é não questionar as leis do Monarca. Não desafiar a força dos Seraphs. E cumprir o desígnio que nos é dado. Até que por alguma razão, memórias de um passado que não nos lembramos, volta a nós. Um riso de uma criança, um gesto familiar, frases ditas. Sonhos. E a lembrança mais perigosa de todas – um nome.
- E como é que tu sabes disto tudo?
- Toda a capacidade de criação, de imaginação, nos é retirada. Nós não sabemos o que isso é. Até começarmos a sonhar. Até fixarmos a mente em algo que desejamos muito. Algo não presente neste mundo. Foi o que me aconteceu. Lembranças, imagens da realidade ainda por acontecer, coisas que não consigo exprimir por palavras, nem sequer compreender muito bem. Tal como o que te acabou de acontecer. – ele levanta-se – Enquanto trabalhava nas minas, tive uma visão. Julguei que estava dar em doido, mas podia jurar que estava a ouvir um choro de criança. Olhei em redor mas todos continuavam a trabalhar como se nada fosse. E conforme disse a mim mesmo que não era nada, um pensamento forte surgiu-me na cabeça: Trabalha! E eu continuei a trabalhar, mas o bater das picaretas não conseguiu abafar por muito tempo o som.
Talvez eu não estivesse a ouvir com os ouvidos. Levantei a cabeça e encarei a escuridão. E nela vi a formar-se uma pequena menina que chamava por mim. Eu não tinha nome mas sabia que ela chamava por mim. Eu fui na direcção dela e todos pararam de trabalhar. Quando me estico para lhe tocar, uma mão sai das sombras e esmurra-me violentamente, dizendo apenas para voltar a trabalhar. Era um dos Ektors que servem apenas para nos controlarem. São eles que convocam os Seraphs.
- Sim... acho que já me cruzei com um deles...
- Embora tenha voltado a trabalhar e não mais ouvido aquele chorar suplicante, à noite, depois de fechar os olhos, ela voltou. O seu toque frio disse-me: “Acorda!” Quando abri os olhos tinha nas mãos a esfera que te dei. E durante uma semana sonhei e aprendi. Mas muita coisa está fora do meu alcance. Muita coisa não me foi revelada. Eu consegui perceber isso perfeitamente, muitas coisas me foram ocultadas. Mas eu vi-te e vi que o teu papel seria muito importante.
- Espera, vamos voltar um pouco atrás.... tu disseste que aprendeste através da esfera. Então e todos os outros?
- Só me apercebi mais tarde. Todos os que trabalham nas minas dormem juntos, em agrupamentos de dez. Quando eu julgava que estava a guardar um segredo, com medo de ser denunciado aos Seraphs, a esfera, de alguma forma que eu não compreendo, estabeleceu um vínculo entre mim e os meus restantes companheiros de quarto. Cada um deles despertou, à sua maneira. Começámos a conspirar uma maneira de escapar aquela vida de escravidão, o que se revelou fácil, a partir do momento em que descobrimos que o vínculo que tínhamos permitia-nos comunicar uns com os outros. E numa noite, fugimos todos para as montanhas e construímos este abrigo.
- Vocês... – Pedro olha em redor – ...fizeram isto?
- Sim. Ou melhor, um de nós fez, com indicações de todos os outros. O facto de termos... acordado... revelou-nos capacidades para fazer... coisas. E os sonhos intensificaram-se cada vez mais. A esfera procurava por alguém. Por isso decidimos levar a nossa revolta mais além. De alguma forma, tocar todos aqueles que se encontram adormecidos e dessa maneira tentar encontrar aquele por quem a esfera procurava. Claro que a atenção dos Seraphs foi atraída sobre nós e o facto de nunca termos conseguido ter sido capturados fez com que tivéssemos conseguido atrair a atenção do próprio Monarca, principalmente pelo grande número de apoiantes que começámos a angariar.
- E esses apoiantes não foram castigados por causa disso?
- Sim, a princípio. Quando alguém acorda, é sempre difícil não se ficar eufórico e não se desejar a liberdade. Apenas começámos a dizer às pessoas o que tinham de fazer para evitar desconfianças. E enquanto os Seraphs pensam que as coisas voltaram a uma relativa normalidade, fora a nossa existência, claro, nós conseguimos prosperar.
- E como é que eu entro nisso tudo?
- Tu és aquele vai desencadear a nossa libertação.

Thursday, September 13, 2007

Savatage - Strange Reality

Who's this before me
Dressed in rags, soaked in gin
Is it a sign or a warning
Am I now where he's been

Am I losing my way
Strange insanity
It's an illusion away
This reality

You know that could be me, oh yeah
That could be me

Wake every morning
I don't know where I've been
All my excuses
Showing strain wearing thin

Am I losing my way
This strange insanity
It's an illusion away
This reality

That could be me, oh yeah
That could be me

Another day
Another night
Another drink another fight
Somehow it's all the same
And so I wake in my gin
Never knowing where I've been
Still play the game

So strange
So strange
So strange to me
So strange
So strange... reality, yeah

I look to the future
With the eyes of the blind
Can't see much further
Than this haze in my mind

Am I losing my way
Strange insanity
It's an illusion away
This reality

You know
That could be me
Now that could be me
oh yeah

Another day
Another night
Somehow it's all the same
Another drink
Another fight
Still I play the game

So strange
So strange reality

So strange
So strange to me

So strange
So strange reality

So strange
So strange to me

I'm losing my way
Don't know where I've been
Don't know where I've been

Estranha Realidade

Depois de abrir os olhos a visão que Pedro tem é surpreendente. Encontrava-se numa espécie de abrigo subterrâneo. Estava imobilizado e ligado a máquinas de suporte vital, mas tinha a certeza que não estava num hospital. A confusão era tal que era difícil perceber se estava a sonhar ou se estava mesmo acordado. Sentia o corpo dorido, os músculos completamente atrofiados. De tal maneira que não se conseguia mexer, embora a sua mente não parasse de dar ordens para tal. O esforço enorme faz com que a sua luta depressa se torne por se manter acordado. Fecha os olhos por momentos e faz tudo por tudo para não perder a consciência. E embora consiga começar a sentir o seu corpo, a dor que sente é esmagadora que faz com que perca a consciência de vez.

Novamente o seu subconsciente é mergulhado por imagens e informações mas estas não são bombardeadas por algo exterior a si. A sua memória estava a ser revista à frente dos seus olhos mas são memórias irreconhecíveis para si que são assimiladas como sendo as de outra pessoa. Uma outra pessoa que morreu. O sentimento de familiaridade torna-se crescente, indo de encontro com breves sensações que ele já teve desde que saiu do seu quarto. As memórias dizem-lhe que o seu quarto era uma prisão, uma ilusão criada por outros que o querem manipular. Mas por enquanto torna-se tudo confuso, difícil de compreender no meio de tanta informação absorvida. E para tal é guardada numa sala da sua mente e a porta é fechada. Porta que será aberta e fechada sem ele próprio se aperceber.

Desperta no pequeno quarto. Assim que abre os olhos levanta-se rapidamente. As dores tinham desaparecido mas a confusão ainda continua a reinar na sua cabeça. Tenta por momentos por os pensamentos em ordem, apanhar as imagens que circulam fora do seu alcance na sua cabeça, mas é inútil. Não lhes consegue retirar algum sentido, mas de certa maneira o seu sentido de compreensão do que está à sua volta cresceu, apesar da confusão. A porta abre-se e Uriah entra. Imediatamente nota algo diferente em Pedro, fazendo indicação para o seguir, coisa que o Pedro faz, através de um apertado e poeirento corredor. O corpo enorme de Uriah ocupava quase todo o seu campo de visão, por isso não podia ver o que estava no final do corredor. Até que pára para entrar numa outra sala. A sala estava vazia, com uma mesa e sentado a essa mesa estava o mesmo homem idoso que fez com que saísse do quarto. Pedro devia estar surpreendido mas por alguma razão que não consegue compreender, não está. Atrás do velho estão duas portas, mas a sua atenção está voltada para o velho que lhe diz:
- Olá outra vez.

Friday, August 17, 2007

David Crowder Band - Come Awake

Are we left here on our own?
Can you feel when your last breath is gone?
Night is weighing heavy now
Be quiet and wait for a voice that will say

Come awake
From sleep, arise
You were dead
You’ve come alive
Wake up wake up
Open your eyes
Climb from your grave
Into the light
Bring us back to life

You are not the only one
Who feels like the only one
Night soon will be lifted friend
Just be quiet and wait for the voice that will say

Come awake
From sleep, arise
You were dead
You’ve come alive
Wake up wake up
Open your eyes
Climb from your grave
Into the light
Bring us back to life

Rise, rise, rise, rise, rise

Rise, rise, rise, rise….
Shine, shine, Oh shine
We will shine
We will rise
We will shine, shine, shine

Tuesday, August 14, 2007

Vem Despertar

Conforme Pedro dorme, uma luz verde começa a iluminar o pequeno quarto. A luz vinha da pequena esfera metálica que se encontrava aos seus pés, na cama. Pedro tinha-se esquecido totalmente da esfera assim que tinha chegado a este sítio. Mas ela sempre esteve presente, sempre com ele. Escondida. Não por sua vontade mas porque apenas Pedro a podia ver. Ele descansava, mas a sua mente crescia de actividade. Tranquilamente recebia doses maciças de informação. Viu os nomes daqueles que o acolheram. Viu que eles tenham desenvolvido uma espécie de telepatia, em que bastava pensar no nome da pessoa para que ela voltasse a atenção para si. Que secretamente, tinham encontrado uma maneira de contornar as regras impostas pelo Monarca. O nome do líder é Uriah. Escolhia a personagem do demónio mau como forma de troça ao Monarca. A mulher que o acompanhava é Zilla e eles são membros de um circo com o intruito de angariar pessoas para a sua revolta. As imagens são obsorvidas mas não compreendidas. O medo que eles têm do Monarca também lhe é transmitido. Mas eles nunca o viram, nunca ninguém aqui o viu e sobreviveu. Ele vê o velho, quem lhe deu a esfera. Foi ele quem o trouxe. O velho sabe que Pedro não é como eles e por isso o libertou. Ele é um dos anciões. Pedro conhece as cinco regiões do mundo e as pessoas que os compõem. Os seus propósitos, os seus objectivos e as diferenças de uns para os outros. Eles não passam de almas perdidas, todos eles. Excepto Pedro. E ele acorda, subitamente. A luz verde cede lugar à escuridão. Encarando a escuridão, ele não a sente. As imagens que lhe foram transmitidas continuam na sua mente. Não foi um simples sonho. Elas continuam lá como se as tivesse a ver naquele exacto momento outra vez. As palavras de Uriah ainda ecoam na sua cabeça: " Nós estamos mortos". Ele agora sabe que por mais estranho que pareça, isso é verdade.

Saturday, July 21, 2007

David Bowie - We Are The Dead

Something kind of hit me today
I looked at you and wondered if you saw things my way
People will hold us to blame
It hit me today, it hit me today

We're taking it hard all the time
Why don't we pass it by?
Just reply, you've changed your mind
We're fighting with the eyes of the blind
Taking it hard, taking it hard

Yet now
We feel that we are paper, choking on you nightly
They tell me "Son, we want you, be elusive, but don't walk far"
For we're breaking in the new boys, deceive your next of kin
For you're dancing where the dogs decay, defecating ecstasy
You're just an ally of the leecher
Locator for the virgin King, but I love you in your fuck-me pumps
And your nimble dress that trails
Oh, dress yourself, my urchin one, for I hear them on the rails
Because of all we've seen, because of all we've said
We are the dead

One thing kind of touched me today
I looked at you and counted all the times we had laid
Pressing our love through the night
Knowing it's right, knowing it's right

Now I'm hoping someone will care
Living on the breath of a hope to be shared
Trusting on the sons of our love
That someone will care, someone will care

But now
We're today's scrambled creatures, locked in tomorrow's double feature
Heaven's on the pillow, its silence competes with hell
It's a twenty-four hour service, guaranteed to make you tell
And the streets are full of press men
Bent on getting hung and buried
And the legendary curtains are drawn 'round Baby Bankrupt
Who sucks you while you're sleeping
It's the theater of financiers
Count them, fifteen 'round a table
White and dressed to kill

Oh caress yourself, my juicy
For my hands have all but withered
Oh dress yourself my urchin one, for I hear them on the stairs
Because of all we've seen, because of all we've said
We are the dead
We are the dead
We are the dead

Nós Somos Os Mortos

Pedro não reage perante o que ouve e sem sequer fazer um esforço para se conter solta uma sonora gargalhada. Assim que olha para os dois que estão à sua frente que se mantêm na mesma expressão séria, diz:
- Vocês não estão a falar a sério, pois não?
O homem levanta-se, coloca as mãos atrás das costas e caminha até ao canto do pequeno quarto:
- Diz-me... lembras-te como vieste cá parar?
- Já disse a ela, através do meu quarto.
- E lembras-te perfeitamente disso? - o homem volta-se como se consegue verificar, olhando nos olhos de Pedro, se ele falava a verdade.
- Sim, perfeitamente. Um homem já de idade veio até a mim... com uma conversa estranha, deu-me uma esfera de cor metálica... prateada. E ela soltava um brilho, verde, quase irreal. E foi a fixar esse brilho que quando abri a porta do meu quarto, voilá, aqui estou eu.
- Então e conta-nos... - o homem senta-se novamente na cadeira com os braços apoiados nos joelhos e olhando fixamente para Pedro - ... o que fazias tu?
- Como assim?
- Qual era a tua ocupação? - Pedro olha para baixo, tentando responder, mas não consegue se lembrar - Então e hobbies? Família, amigos, animais de estimação?
Depois de um longo silêncio e esforço por parte de Pedro, este desiste:
- Eu... eu não sei...
Ela poe a mão sobre o ombro dele e diz-lhe carinhosamente:
- O despertar nunca é fácil. Tudo te vai parecer fantástico, não vais acreditar naquilo que ouves, mas a vontade de saber mais e de realmente acreditar... só pode partir de ti.
Pedro levanta os olhos e depois de a fixar, volta-se para o homem:
- O que é vocês querem dizer com o "estamos todos mortos"?
- Todos nós já morremos, todos os que viste no salão, estão todos mortos.
- Ok, ok. Então e aqueles... aqueles soldados?
- Os Seraphs?
- Sei lá!
- Sim, são os Seraphs. Eles não são pessoas, nunca foram. São energia do Monarca e por isso são industrutíveis, porque retiram energia da terra, do mundo. São incorruptíveis porque não podem trair o que são. São insensíveis porque o Monarca nao possui qualquer tipo de sentimento e nem sequer o ódio ele tem, apesar de o fingir o ter. Ele apenas o é.
- Já o viram alguma vez?
- Não, não... nunca ninguém vê o Monarca e sobrevive.
- Então como é que sabem que ele existe? Não têm medo que seja apenas um conceito criado para prender as pessoas a dogmas e regras?
- Todos nós o sentimos, como se fizesse parte de nós e nós dele. Apenas sabemos que ele está lá assim como sabemos que está frio ou calor. Sentimos isso. Não o sentes?
- Epá... eu mal me sinto a mim mesmo, quanto mais os outros...
- Irás sentir. Por enquanto é melhor descansares. - o homem grande levanta-se e a mulher segue-lhe o exemplo.
- Uma coisa que não entendo... se vocês não têm nome... como é que se chamam uns aos outros?
Eles olham um para o outro, sorriem e saiem do quarto sem responder.
Pedro adormece quase instantaneamente.

Sunday, June 10, 2007

Goo Goo Dolls - Name

And even though the moment passed me by
I still can't turn away
Cause all the dreams you never thought you'd lose
Got tossed along the way
And letters that you never meant to send
Get lost or thrown away

And now we're grown up orphans
That never knew their names
We don't belong to no one
That's a shame
But if you could hide beside me
Maybe for a while
And I won't tell no one your name

And I won't tell em your name

Scars are souvenirs you never lose
The past is never far
Did you lose yourself somewhere out there
Did you get to be a star
And don't it make you sad to know that life
Is more than who we are

You grew up way too fast
And now there's nothing to believe
And reruns all become our history
A tired song keeps playing on a tired radio
And I won't tell no one your name
And I won't tell em your name

I think about you all the time
But I don't need the same
It's lonely where you are come back down
And I won't tell em your name

Nome

Assim que desperta, o sentido de confusão continua presente, mas há uma certa sensação de paz que faz com que essa confusão perca importância. Ela estava a olhar para ele, a mulher mais bonita que alguma vez tinha visto. A sensação de paz foi acrescida pelo pensamento de ter sido ela a última pessoa que viu quando fechou os olhos e a primeira que viu quando os abriu.
- Como é que estás?
- Bem... ainda meio zonzo, acho que bebi demais...
- Assim parece. Há quanto tempo chegaste?
- Um dia... não sei ao certo... parece que estou a sonhar.
- E vieste de onde?
- Se eu te dissesse, não ias acreditar...
- Põe-me à prova. - diz ela a sorrir suavemente.
- Do meu quarto...
- O quê? - a expressão torna-se algo séria - Como assim, do teu quarto?
- Eu disse-te que não ias acreditar...
Ela não o deixa acabar, levantando-se e deixando-o só no quarto. Olhando em volta, só agora repara que está num pequeno cubículo meio sujo, quase como se fosse uma arrecadação. A luz é muito fraca mas era o suficiente para ver o estado degradado que a pequena sala tinha. Ela entra novamente na sala desta vez acompanhada pelo homem que tinha estado em palco no bar onde perdeu os sentidos. Ele era extremamente alto e tinha uma presença forte. Mesmo com a percepção alterada Pedro tinha sentido isso, mas agora que estavam os dois pertos, ele quase que podia sentir a sua personalidade. Podia jurar que se estivesse de olhos fechado conseguia sentir quando é que ele entrava ou saia da sala.
- Lembras-te do teu nome? - a sua voz era grave e profunda. Uma voz igualmente forte, coisa que ele tinha notado também da primeira vez que o viu.
- Sim, claro... chamo-me Pedro. E vocês...?
- Nós não temos nome. Não nos é permitido. É contra as leis instituídas pelo Monarca.
- Pelo o que eu percebi... vocês não são os cidadãos mais respeitadores da... monarquia? Onde raio estamos afinal??
O homem que se auto-intitulou como Demónio Mau olha para a mulher e acena afirmativamente. Ela senta-se na cama ao lado de Pedro e após um breve olhar para a imponente figura que se mantém em pé e puxa os braços para trás das costas, volta a sua atenção para Pedro:
- Nós estamos todos mortos.