A Cura

Saturday, February 11, 2006

Lamb Of God - A Warning

I'm a monster so don't walk my way.
Don't trust my smile my teeth are like knives.
I'll drag you down & suck you dry.
Don't laugh at my jokes- the punchline is murder.
Don't enjoy my touch, every caress hides a chokehold.
I'm only happy when I've ruined everything I see.
Believe everything you've ever heard about me- suck it up.
If you see me coming don't stop, just turn & walk the other way.
I will not lie about what I have done, I will not lie about what I will do to you, the sweat of
my exertion is pure poison, I'm hell...

Friday, February 10, 2006

Um Aviso

A pequena menina treme de medo. Ele fecha a porta atrás de si com força, senta-se à mesa e novamente pergunta a rosnar:

- O meu almoço?! E porque é que a mesa ainda não está posta?!- ele não dá qualquer importância a Pedro, age como se ele não existisse

Ela põe um prato de sopa à frente dele, enquanto este continua a resmungar algo indecifrável. Em cima de um banco para poder chegar à mesa e ao por a sopa no prato, entorna dois pingos em cima da mesa. As lágrimas caem-lhe imediatamente pela cara abaixo e antes que posso fazer ou dizer qualquer coisa, ele dá-lhe um estalo que faz com que ela voe até ao balcão. Antes que Pedro pudesse fazer qualquer coisa, a pequena menina olha para ele e acena que não. Ele sustêm-se e continua nas sombras. Ela levanta-se a choramingar:

- Pára de chorar!! Estás sempre a chorar!! És uma inútil como a tua mãe!! Será que não posso almoçar em paz?! – ao por a colher na boca, solta um grito de raiva e diz ainda mais enfurecido- Esta merda está a escaldar!! Achas que tenho frio?! A trabalhar todo o dia ao sol, para tu poderes andar aí a vadiar- e novamente atinge-a mas desta vez com a mão fechada. Levanta-se de repente, atirando o banco para trás e estica o braço, agarrando o pescoço dela com a sua enorme mão esquerdo. Levanta a outra mão e atinge-lhe na cara, fazendo a menina cuspir uma golfada de sangue. Ela chora de dor e desespero, enquanto ele levanta mais uma vez a mão. Só que desta vez ela não cai. Ele rosna e olha para trás, Pedro tinha lhe agarrado o pulso.

- Pára.

- Quem és tu, insecto?!- joga o braço para a frente e com ele, vai atrás o Pedro, que só pára na parede. Com um pontapé afasta a menina para o canto da cozinha e com o seu braço enorme agarra-o pela perna e atira-o com força para trás das suas costas- Tens que aprender a deixar de te intrometeres aonde não és chamado, insecto! – diz mais uma vez a rosnar, enquanto Pedro ainda está desnorteado – Continua a dormir porque o que tu fazes não representa nada, o que tu és não significa nada!! Tu és NADA, insecto!! Apenas um pequeno insecto que vai ser esmagado! – e dá-lhe um pontapé no peito que o faz ficar sem respiração. Atabalhoadamente tenta fugir sentado no chão mas fica encurralado pela parede, mas a dificuldade em respirar faz com que tudo se torne negro e que a voz do enorme monstro ainda se torne mais cavernosa. – Não te intrometas aonde não és chamado. O preço pela intrusão, insecto, é a morte na fogueira! Considera isto um aviso – e atira uma vela contra os cortinados. Inexplicavelmente e como se tivesse previamente embebido em algo inflamável, o fogo começa a seguir o seu rumo pelas paredes, chão e tecto para formar uma espécie de símbolo, mas ele não o consegue perceber na totalidade porque entretanto desmaia. O enorme ser, volta-se para a pequena menina que ainda não tinha parado de chorar e diz – Eu vou lá para fora ver isto a arder e tu ficas aqui a queimar com ele! Se saíres, eu mato-te!!

E ele saí, trancando a porta do lado de fora.

A pequena menina, sem parar de chorar, vai de gatas até Pedro, abanando-o para que ele despertasse, mas ele não desperta. Começa a tossir por causa do fumo e levanta-se para ir tentar abrir a porta em vão. Novamente tenta acordar Pedro, abanando-o mas ele apenas abana levemente a cabeça, começando aos poucos a recuperar a consciência. Decide pegar na sua perna e tentar arrastá-lo, com muita dificuldade. As chamas estão cada vez mais vivas e o fumo cada vez mais intenso. Mas ela não desiste e continua a puxá-lo com toda a sua força até chegar à porta que dá para os quartos. Tenta abrir a porta em bicos de pé mas ela está fechada. Desesperadamente bate na porta enquanto continua a tentar abri-la mas o fumo faz com que gaste mais energias a tossir do que na porta e depressa cai sobre os seus joelhos vencida pelo desespero e choro. Ouve-se o som dos vidros a partirem-se e o calor é inacreditável. O fumo, neste momento, já pintou a sala por completo.