A Cura

Sunday, June 10, 2007

Goo Goo Dolls - Name

And even though the moment passed me by
I still can't turn away
Cause all the dreams you never thought you'd lose
Got tossed along the way
And letters that you never meant to send
Get lost or thrown away

And now we're grown up orphans
That never knew their names
We don't belong to no one
That's a shame
But if you could hide beside me
Maybe for a while
And I won't tell no one your name

And I won't tell em your name

Scars are souvenirs you never lose
The past is never far
Did you lose yourself somewhere out there
Did you get to be a star
And don't it make you sad to know that life
Is more than who we are

You grew up way too fast
And now there's nothing to believe
And reruns all become our history
A tired song keeps playing on a tired radio
And I won't tell no one your name
And I won't tell em your name

I think about you all the time
But I don't need the same
It's lonely where you are come back down
And I won't tell em your name

Nome

Assim que desperta, o sentido de confusão continua presente, mas há uma certa sensação de paz que faz com que essa confusão perca importância. Ela estava a olhar para ele, a mulher mais bonita que alguma vez tinha visto. A sensação de paz foi acrescida pelo pensamento de ter sido ela a última pessoa que viu quando fechou os olhos e a primeira que viu quando os abriu.
- Como é que estás?
- Bem... ainda meio zonzo, acho que bebi demais...
- Assim parece. Há quanto tempo chegaste?
- Um dia... não sei ao certo... parece que estou a sonhar.
- E vieste de onde?
- Se eu te dissesse, não ias acreditar...
- Põe-me à prova. - diz ela a sorrir suavemente.
- Do meu quarto...
- O quê? - a expressão torna-se algo séria - Como assim, do teu quarto?
- Eu disse-te que não ias acreditar...
Ela não o deixa acabar, levantando-se e deixando-o só no quarto. Olhando em volta, só agora repara que está num pequeno cubículo meio sujo, quase como se fosse uma arrecadação. A luz é muito fraca mas era o suficiente para ver o estado degradado que a pequena sala tinha. Ela entra novamente na sala desta vez acompanhada pelo homem que tinha estado em palco no bar onde perdeu os sentidos. Ele era extremamente alto e tinha uma presença forte. Mesmo com a percepção alterada Pedro tinha sentido isso, mas agora que estavam os dois pertos, ele quase que podia sentir a sua personalidade. Podia jurar que se estivesse de olhos fechado conseguia sentir quando é que ele entrava ou saia da sala.
- Lembras-te do teu nome? - a sua voz era grave e profunda. Uma voz igualmente forte, coisa que ele tinha notado também da primeira vez que o viu.
- Sim, claro... chamo-me Pedro. E vocês...?
- Nós não temos nome. Não nos é permitido. É contra as leis instituídas pelo Monarca.
- Pelo o que eu percebi... vocês não são os cidadãos mais respeitadores da... monarquia? Onde raio estamos afinal??
O homem que se auto-intitulou como Demónio Mau olha para a mulher e acena afirmativamente. Ela senta-se na cama ao lado de Pedro e após um breve olhar para a imponente figura que se mantém em pé e puxa os braços para trás das costas, volta a sua atenção para Pedro:
- Nós estamos todos mortos.