A Cura

Wednesday, August 17, 2005

U2 - Numb

Don't move
Don't talk out of time
Don't think
Don't worry
Everything's just fine
Just fine
Don't grab
Don't clutch
Don't hope for too much
Don't breathe
Don't achieve
Or grieve without leave
Don't check
Just balance on the fence
Don't answer
Don't ask
Don't try and make sense
Don't whisper
Don't talk
Don't run if you can walk
Don't cheat, compete
Don't miss the one beat
Don't travel by train
Don't eat
Don't spill
Don't piss in the drain
Don't make a will
Don't fill out any forms
Don't compensate
Don't cower
Don't crawl
Don't come around late
Don't hover at the gate
Don't take it on board
Don't fall on your sword
Just play another chord
If you feel you're getting bored
I feel numb
I feel numb
Too much is not enough
I feel numb
Don't change your brand
Gimme what you got
Don't listen to the band
Don't gape
Gimme what I don't get
Don't ape
Don't change your shape
Gimme some more
Have another grape
Too much is not enough
I feel numb
I feel numb
Gimme some more
A piece of me, baby
I feel numb
Don't plead
Don't bridle
Don't shackle
Don't grind
Gimme some more
Don't curve
Don't swerve
I feel numb
Lie, die, serve
Gimme some more
Don't theorize, realise, polarise
I feel numb
Chance, dance,dismiss, apologise
Gimme what you got
Gimme what I don't get
Gimme what you got
Too much is not enough
Don't spy
I feel numb
Don't lie
Don't try
Imply
Detain
Explain
Start again
I feel numb
I feel numb
Don't triumph
Don't coax
Don't cling
Don't hoax
Don't freak
Peak
Don't leak
Don't speak
I feel numb
I feel numb
Don't project
Don't connect
Protect
Don't expect
Suggest
I feel numb
Don't project
Don't connect
Protect
Don't expect
Suggest
I feel numb
Don't struggle
Don't jerk
Don't collar
Don't work
Don't wish
Don't fish
Don't teach
Don't reach
I feel numb
Don't borrow
Too much is not enough
Don't break
I feel numb
Don't fence
Don't steal
Don't pass
Don't press
Don't try
Don't feel
Gimme some more
Don't touch
I feel numb
Don't dive
Don't suffer
Don't rhyme
Don't fantasize
Don't rise
Don't lie
I feel numb
Don't project
Don't connect
Protect
I feel numb
Don't expect
Suggest
Don't project
Don't connect
Protect
I feel numb
Don't expect
Suggest
I feel numb

Capítulo 1 - Dormente - Parte 2

-Ahhhhh! - O grito de Pedro rasga o silêncio da noite. Ele está coberto de suor e coma respiração descontrolada. Fica a olhar para a parede, tudo parece estar normal, o apartamento está vazio, o dia lá fora continua cinzento, a chover e a trovejar. Há tanto tempo que tem estes sonhos que quase que fazem parte do seu quotidiano, mas também o fizeram questionar: "É estranho", pensa ele, " os dias são todos iguais...". Cada vez mais se questiona acerca do significado dos seus sonhos e cada vez sente mais que algo não bate certo. Na sua mente começam a surgir questões que ele não se recorda de colocar antes, questões que nunca lhe preocuparam. Ele precisava de respostas e para tal tinha que fazer algo que tinha dito a si mesmo que não iria voltar a fazer. Ele ia sair do seu quarto.
Assim que sai do quarto tudo parece estranho, como se fosse a primeira vez que ali estava, mas isso só o deixava mais confuso. Como podia ser a primeira vez que ele estava naquele sítio se era impossível entrar para o quarto sem passar pelo corredor, onde se encontrava? E ao pensar nisso, lembra-se de não ter memória de ter chegado ao quarto, de há quanto tempo foi, do porquê de não querer sair e de passar os dias fechado. Uma pergunta leva a outra e cada vez mais a sua curiosidade vai crescendo. Descendo as escadas mergulha nestes pensamentos e não repara na pequena sombra que espreita atrás de si. Ao chegar á porta, surpreende-se por não estar a chover e a trovejar, embora o céu esteja cinzento. O que vê na rua não lhe satisfaz também esta sua recém adquirida curiosidade. Nada daquilo era familiar, embora conseguisse notar que algo não estava normal. Em frente ao seu prédio, do outro lado da estrada, tinha vários autocarros parados e umas poucas pessoas a passar. Notou que todas elas saiam do mesmo café. Também achou estranho que no seu lado da rua, não houvesse pessoas. É curioso como aos poucos os seus raciocínios estavam cada vez mais claros e como a sua percepção estava mais aguçada e insaciável por todos os pormenores. Resolveu ir até ao café de onde todos saiam. Assim que entrou lá achou estranho que toda a gente viesse das traseiras da cozinha. Olhou em redor para ver se era o único que achava aquilo estranho, mas ninguém parecia estranhar. Também ninguém parecia notar que ele estava ali. Ninguém a não ser um homem de meia idade, com aspect de vagabundo sentado numa mesa que o estava a olhar fixamente. Sentindo um impulso irresistível de ir ter com ele, não nega esse impulso e senta-se na mesa. Antes que pudesse dizer algo, o vagabundo diz:
-Vieste mais cedo do que esperava.

Friday, August 12, 2005

Sepultura - Slaves of Pain

All Of Us Are Victims
Confined By Enigmas
Without Solution
Your Frozen Thoughts Don't Let You Evolve
A Prisoner Of Your Own Trap
Slaves Of An Infinite Pain
What Will Be The Limit?
What Will Be The End?
Life Ends
Feeling Death
Slaves Of Pain
Life Ends
Feeling Death
Slaves Of Pain
Seeking New Paths
Don't Be Tied To Your Mistakes
Run Away From This
Uncured Sickness
Open Your Eyes
Don't Lose Your Steps
Liberty Is A Dream
And It Is Also Real
To Die To Run Away
To Forget What I've Been
To Erase My Past
To Kill My Guilt
Life Ends
Feeling Death
Slaves Of Pain

Capítulo 1 - Escravos da dor - Parte 1

Aos poucos a sua mente vai se enchendo de ruídos. Pequenos ruídos que vão crescendo, crescendo até que fazem com que acorde sobressaltado. Estavam a chamar por si, há tanto tempo que ninguêm chamava pelo o seu nome. Há tanto tempo que nem ele próprio se recordava dele. Parecia que estava uma multidão à porta do seu apartamento a gritar desesperadamente por ele, como se do fim do mundo se tratasse. Enfiando a cabeça debaixo da almofada, tenta se dispersar do barulho. Só pode ser um pesadelo, ele não está com pessoas à tanto tempo, ele fugiu de tudo e de todos para que o esquecessem, quem poderia querer procurar por ele? Mas o seu nome ecoa cada vez mais forte ao mesmo ritmo com que batem na porta:
-Pedro!Pedro!Pedro!Pedro!
-Párem! Deixem-me em paz! Desapareçam!
Como por magia, todo o ruído pára. As vozes, os gritos, os murros e pontapés na sua porta. Aliviado pensa:
-Agora vou poder dormir. - mas não consegue ter inquietação no seu espiríto. Estava curioso para ver o que se tinha passado. Durante alguns minutos debate-se com esta indecisão. Ele só queria sossego e agora que o teve a sua curiosidade implrava-lhe para que ele fosse até à porta. E assim acabou por fazer. Levantou-se e deslocou-se até à porta. Encostou o ouvido à madeira para verificar se havia algum ruído do outro lado. O silêncio chegava a ser intimador. Confirma pelo óculo e não vê ninguêm. Enquanto tira lentamente, para evitar fazer barulho, as trancas da porta, a sua pulsação aumenta progressivamente até que faz um compasso de espera para tentar acalmar e abre bruscamente a porta. Espreita rapidamente para o corredor mas acalma-se quando vê que estava vazio. Tem uma sensação estranha de novidade, como se a primeira vez em que está a olhar para aquele corredor, mas isso é ridículo pensa ele, mora ali desde sempre. Imerso nestes pensamentos, volta para dentro, fecha a porta, coloca as tranca se quando se volta solta um berro. O seu apartamento estava cheio de pessoas, todas estavam paradas, como se em transe, a olhar para o infinito. Ele encosta-se à porta, a tentar desajeitadamente abrir a porta, apoderado pelo medo, mas eles não se mexem nem um milímetro. O medo é substituído rapidamente pela curiosidade. Começa a aproximar-se da pequena multidão e passa os olhos por eles todos. Começa a ter uma estranha sensação de dejá vú, aquelas caras são lhe todas estranhamente familiares. Faz um esforço enorme para tentar se lembrar mas não se recorda de nada. Percorre as várias caras e com todas tem a mesma sensação. Mas de onde ele conhece esta gente toda? Pergunta-se mais que uma vez mas novamente não chega a resposta nenhuma. Volta as atenções para a primeira pessoa novamente e fica a fixá-la. A sua cara, tal como todas as restantes, é extremamente pálida. Antes que pudesse reparar na sua cara por completo, a sua atenção é atraída para os olhos. Tudo o resto parece-lhe passar despercebido ou desfocado, está completamente obsorvido por aqueles olhos cinzentos que não páram de focar o infinito. Ele aproxima-se cada vez mais, ficando com os olhos a escassos centímetros uns dos outros. Não consegue deixar de admirar o infinito e o vazio que brotam dos olhos que estão mesmo à sua frente...até que eles o focam a si. E ele diz em tom baixo, rouco mas aflito.
-Socorro!

Tuesday, August 09, 2005

Tomo 1 - Introdução

O quarto estava escuro e vazio. Apenas um colchão no chão com uma manta por cima a tapar o seu corpo. O tempo passa sem ele se aperceber, sem se sequer importar. O quarto está escuro mas as persianas estão abertas. O céu está sempre cinzento e de vez em quando a chuva bate nos vidros fazendo um ritmo que ele aprendeu a gostar. Era como se fosse o seu próprio relógio de corda, sem sentido, sem continuidade, sem previsibilidade. Ele não sabe há quanto tempo está deitado, não se recorda da última vez que comeu, mal se lembra do seu nome. Apenas não se importa. A sua vida é composta por sonhos interrompidos e insípidos. Não de uma maneira metafórica. Ele sonha, sabe que sonha mas não faz a miníma ideia do que sonha, ele não sabe quando está a dormir nem quando está acordado. Não sabe sequer o porquê de estar ali, nem sequer questiona isso, apenas permanece. Vai permanecendo, com o passar dos dias, das noites. Não nota grande diferença entre eles.
Mas um certo dia/noite o quarto é invadido por uma estranha luz verde. Ele não está mais só.

Prefácio

Isto parte de uma velha ideia que anda na minha cabeça desde 2000 á qual passei uma versão muito primitiva para o papel. Entretanto abandonei ou pus de parte este projecto para dar atenção a outros e por ter chegado a um beco sem saída criativo. Apenas 3 pessoas leram essa versão primitiva e prometi á última que iria continuar em breve. 2 anos passaram e só agora vou pegar nesta mesma ideia, não por me ter lembrado da promessa (que nunca a esqueci) mas por sentir que estava pronto para pegar no conceito, reformulá-lo e apresentá-lo de forma diferente e mais coerente. Não vou fazer publicidade a isto e se alguém por acaso tropeçar aqui também não o peço que o façam. Se o fizerem será unica e exclusivamente por acharem que o que lêm aqui o mereço. Não vou dizer nem que sim nem que não porque a auto-critica não é o meu forte e porque isto não vai sair de nenhum papel, vai sair da minha cabeça, por isso não será algo que já esteja previamente definido. É algo que vai ganhando forma. Caso queiram podem dar sugestões, comentar cada capítulo, corrigir erros ortográficos ou estruturas de frases. Estou a par das minhas limitações e não me estou aqui a revelar com a ambição de me tornar escritor. Apenas tenho uma imaginação fértil.
Obrigado pela atenção dispendida
F.F.