A Cura

Wednesday, September 26, 2007

Raunchy - Remembrance

Our darkest dreams set us free
Our darkest scene set us free
I wanna live the dream
Inside a shadow heart
Where all things are alive
Through a blackened soul
Take me back to
The depth of remembrance
In the summer of love
My heart turned cold

Call me
I'm coming

The rush of you forever
Inside our darkest dreams
I need to remember
Things are not what they seem
The rush of you forever
Forever remember
Inside our darkest dreams
Thing are not what they seem

Our darkest dreams set us free
Our darkest scene set us free
I wanna live the dream
Release the vain
You wanna live the dream
Set us free

The rush of you forever
Inside our darkest dreams
I need to remember
Things are not what they seem
The rush of you forever
[ Lyrics provided by www.mp3lyrics.org ]
Forever remember
Inside our darkest dreams
Thing are not what they seem

The rush of you forever
in the summer of love
Inside our darkest dreams
my heart turns cold
I need to remember in
the summer of love
Thing are not what they
seem my heart turns cold

Call me
Here I'm slowly coming

The rush of you forever
Inside our darkest dreams
I need to remember
Things are not what they seem
The rush of you forever
Forever remember
Inside our darkest dreams
Thing are not what they seem

Lembrança

- Tu?! Vais ter muitas explicações para me dares! – Pedro deixa transparecer a exaltação nas suas palavras.
- Por incrível que pareça, tu é que estás na posição de me dares explicações. Não só a mim, mas a todos nós. – o velho responde calmamente e quando Pedro vai para falar, ele estica a mão e pergunta – Onde estamos nós?
Sem pensar Pedro responde prontamente:
- No vazio. No abismo. – e faz uma expressão de espanto que revela que ele não sabia como tinha respondido aquilo.
- Senta-te, temos muito que conversar. - Pedro obedece. Tem tantas dúvidas na sua cabeça que não sabe por onde começar – Eu sei que tudo deve ser uma confusão para ti mas acredita que todos nós estamos a passar por isso. Acordamos neste mundo, como se sempre estivéssemos aqui. Não temos memórias, apenas objectivos muito presentes na nossa mente. Um deles é não questionar as leis do Monarca. Não desafiar a força dos Seraphs. E cumprir o desígnio que nos é dado. Até que por alguma razão, memórias de um passado que não nos lembramos, volta a nós. Um riso de uma criança, um gesto familiar, frases ditas. Sonhos. E a lembrança mais perigosa de todas – um nome.
- E como é que tu sabes disto tudo?
- Toda a capacidade de criação, de imaginação, nos é retirada. Nós não sabemos o que isso é. Até começarmos a sonhar. Até fixarmos a mente em algo que desejamos muito. Algo não presente neste mundo. Foi o que me aconteceu. Lembranças, imagens da realidade ainda por acontecer, coisas que não consigo exprimir por palavras, nem sequer compreender muito bem. Tal como o que te acabou de acontecer. – ele levanta-se – Enquanto trabalhava nas minas, tive uma visão. Julguei que estava dar em doido, mas podia jurar que estava a ouvir um choro de criança. Olhei em redor mas todos continuavam a trabalhar como se nada fosse. E conforme disse a mim mesmo que não era nada, um pensamento forte surgiu-me na cabeça: Trabalha! E eu continuei a trabalhar, mas o bater das picaretas não conseguiu abafar por muito tempo o som.
Talvez eu não estivesse a ouvir com os ouvidos. Levantei a cabeça e encarei a escuridão. E nela vi a formar-se uma pequena menina que chamava por mim. Eu não tinha nome mas sabia que ela chamava por mim. Eu fui na direcção dela e todos pararam de trabalhar. Quando me estico para lhe tocar, uma mão sai das sombras e esmurra-me violentamente, dizendo apenas para voltar a trabalhar. Era um dos Ektors que servem apenas para nos controlarem. São eles que convocam os Seraphs.
- Sim... acho que já me cruzei com um deles...
- Embora tenha voltado a trabalhar e não mais ouvido aquele chorar suplicante, à noite, depois de fechar os olhos, ela voltou. O seu toque frio disse-me: “Acorda!” Quando abri os olhos tinha nas mãos a esfera que te dei. E durante uma semana sonhei e aprendi. Mas muita coisa está fora do meu alcance. Muita coisa não me foi revelada. Eu consegui perceber isso perfeitamente, muitas coisas me foram ocultadas. Mas eu vi-te e vi que o teu papel seria muito importante.
- Espera, vamos voltar um pouco atrás.... tu disseste que aprendeste através da esfera. Então e todos os outros?
- Só me apercebi mais tarde. Todos os que trabalham nas minas dormem juntos, em agrupamentos de dez. Quando eu julgava que estava a guardar um segredo, com medo de ser denunciado aos Seraphs, a esfera, de alguma forma que eu não compreendo, estabeleceu um vínculo entre mim e os meus restantes companheiros de quarto. Cada um deles despertou, à sua maneira. Começámos a conspirar uma maneira de escapar aquela vida de escravidão, o que se revelou fácil, a partir do momento em que descobrimos que o vínculo que tínhamos permitia-nos comunicar uns com os outros. E numa noite, fugimos todos para as montanhas e construímos este abrigo.
- Vocês... – Pedro olha em redor – ...fizeram isto?
- Sim. Ou melhor, um de nós fez, com indicações de todos os outros. O facto de termos... acordado... revelou-nos capacidades para fazer... coisas. E os sonhos intensificaram-se cada vez mais. A esfera procurava por alguém. Por isso decidimos levar a nossa revolta mais além. De alguma forma, tocar todos aqueles que se encontram adormecidos e dessa maneira tentar encontrar aquele por quem a esfera procurava. Claro que a atenção dos Seraphs foi atraída sobre nós e o facto de nunca termos conseguido ter sido capturados fez com que tivéssemos conseguido atrair a atenção do próprio Monarca, principalmente pelo grande número de apoiantes que começámos a angariar.
- E esses apoiantes não foram castigados por causa disso?
- Sim, a princípio. Quando alguém acorda, é sempre difícil não se ficar eufórico e não se desejar a liberdade. Apenas começámos a dizer às pessoas o que tinham de fazer para evitar desconfianças. E enquanto os Seraphs pensam que as coisas voltaram a uma relativa normalidade, fora a nossa existência, claro, nós conseguimos prosperar.
- E como é que eu entro nisso tudo?
- Tu és aquele vai desencadear a nossa libertação.

Thursday, September 13, 2007

Savatage - Strange Reality

Who's this before me
Dressed in rags, soaked in gin
Is it a sign or a warning
Am I now where he's been

Am I losing my way
Strange insanity
It's an illusion away
This reality

You know that could be me, oh yeah
That could be me

Wake every morning
I don't know where I've been
All my excuses
Showing strain wearing thin

Am I losing my way
This strange insanity
It's an illusion away
This reality

That could be me, oh yeah
That could be me

Another day
Another night
Another drink another fight
Somehow it's all the same
And so I wake in my gin
Never knowing where I've been
Still play the game

So strange
So strange
So strange to me
So strange
So strange... reality, yeah

I look to the future
With the eyes of the blind
Can't see much further
Than this haze in my mind

Am I losing my way
Strange insanity
It's an illusion away
This reality

You know
That could be me
Now that could be me
oh yeah

Another day
Another night
Somehow it's all the same
Another drink
Another fight
Still I play the game

So strange
So strange reality

So strange
So strange to me

So strange
So strange reality

So strange
So strange to me

I'm losing my way
Don't know where I've been
Don't know where I've been

Estranha Realidade

Depois de abrir os olhos a visão que Pedro tem é surpreendente. Encontrava-se numa espécie de abrigo subterrâneo. Estava imobilizado e ligado a máquinas de suporte vital, mas tinha a certeza que não estava num hospital. A confusão era tal que era difícil perceber se estava a sonhar ou se estava mesmo acordado. Sentia o corpo dorido, os músculos completamente atrofiados. De tal maneira que não se conseguia mexer, embora a sua mente não parasse de dar ordens para tal. O esforço enorme faz com que a sua luta depressa se torne por se manter acordado. Fecha os olhos por momentos e faz tudo por tudo para não perder a consciência. E embora consiga começar a sentir o seu corpo, a dor que sente é esmagadora que faz com que perca a consciência de vez.

Novamente o seu subconsciente é mergulhado por imagens e informações mas estas não são bombardeadas por algo exterior a si. A sua memória estava a ser revista à frente dos seus olhos mas são memórias irreconhecíveis para si que são assimiladas como sendo as de outra pessoa. Uma outra pessoa que morreu. O sentimento de familiaridade torna-se crescente, indo de encontro com breves sensações que ele já teve desde que saiu do seu quarto. As memórias dizem-lhe que o seu quarto era uma prisão, uma ilusão criada por outros que o querem manipular. Mas por enquanto torna-se tudo confuso, difícil de compreender no meio de tanta informação absorvida. E para tal é guardada numa sala da sua mente e a porta é fechada. Porta que será aberta e fechada sem ele próprio se aperceber.

Desperta no pequeno quarto. Assim que abre os olhos levanta-se rapidamente. As dores tinham desaparecido mas a confusão ainda continua a reinar na sua cabeça. Tenta por momentos por os pensamentos em ordem, apanhar as imagens que circulam fora do seu alcance na sua cabeça, mas é inútil. Não lhes consegue retirar algum sentido, mas de certa maneira o seu sentido de compreensão do que está à sua volta cresceu, apesar da confusão. A porta abre-se e Uriah entra. Imediatamente nota algo diferente em Pedro, fazendo indicação para o seguir, coisa que o Pedro faz, através de um apertado e poeirento corredor. O corpo enorme de Uriah ocupava quase todo o seu campo de visão, por isso não podia ver o que estava no final do corredor. Até que pára para entrar numa outra sala. A sala estava vazia, com uma mesa e sentado a essa mesa estava o mesmo homem idoso que fez com que saísse do quarto. Pedro devia estar surpreendido mas por alguma razão que não consegue compreender, não está. Atrás do velho estão duas portas, mas a sua atenção está voltada para o velho que lhe diz:
- Olá outra vez.